quinta-feira, 6 de junho de 2013

Adeus: feliz (para sempre)!

Há tempos que procuro um final para as publicações, os rascunhos escondidos e as bobeiras adolescentes.
Estou na universidade. Moro longe de meus pais. Preparo minha comida. Resolvo os pequenos problemas do dia a dia. Faço estágio. Assino meu nome em documentos que me exigem responsabilidade. Tenho que tomar decisões e arcar com suas conseqüências.
Tudo isso significa que é tempo de crescer: este monstro com o qual eu sempre tive dificuldade em lidar, mas em que este espaço me ajudou tantas vezes.
A verdade é que, ao contrário do que eu pensava, o crescimento é um longo processo. Não é usar salto alto de dia ou discutir o mercado de trabalho que vai nos fazer adultos. É amadurecer em todos os aspectos: familiar, profissional e, principalmente, psicológico. É perceber nossa capacidade e tirar o melhor proveito dela, descobrindo nosso lugar no mundo. É, acima de tudo, conhecer a nós mesmos.
Esse processo, chamado crescimento, começa no momento em que nascemos e vai até o momento em que morremos. No entanto, a cada fase que se passa, ele se torna mais complexo e nós, mais completos.
É preciso encerrar esta parte da vida chamada adolescência, simbolizada pelos prantos e sorrisos nestes muitos textos expressos. Quando eu, aos 18 anos, busco compreender o que aos 15 escrevia, sinceramente, já não consigo. Há textos que eu amo, que me descreviam perfeitamente e que eu adoro ler. No entanto, há outros que odeio, que me fazem indagar de onde partiram suas ideias tão exageradas e mal arrumadas.
De fato, não sou mais a menininha de antigamente, aquela que este blog viu começar a crescer. Guardo este espaço pelas memórias aqui contadas e vividas: as muitas vezes que escrevi chorando, sendo a única forma de desabafar, e aquelas em que o fiz pelo simples prazer que sentia ao escrever. Guardo estes textos com carinho, porque eles mostram as mudanças que aos poucos fui sofrendo e a menina que um dia – o qual já me parece tão distante -  fui.
Abandono este espaço, mas não a escrita, minha fiel companheira nas horas difíceis e confusas, a melhor psicóloga, minha válvula de escape e, sem dúvidas, uma ferramenta muito útil nesta nova fase em que ingresso.

Dizia Aristóteles que o objetivo da vida humana é ser feliz. Depois de tantas correntes filosóficas estudadas, sessões de psicologia, conselhos de mãe e reflexões, sei que ele estava certo. Neste mote encontro o ânimo para seguir em frente – pra onde quer que a vida me leve. É hora de trilhar meu caminho, fazer escolhas, lidar com o acaso e superar desafios. É hora de ter sonhos e realizá-los. É hora de crescer e de conhecer a mim mesma. É hora de ser feliz!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Aos 18...

Quando completei 7 anos, chorei por acreditar que envelhecia. Os 11 anos que vieram depois deste me mostraram como eu estava errada. Nos últimos tempos, enfrentei novos desafios, distância, saudade, me perdi e me encontrei, chorei e sorri, falhei e obtive sucesso, tive dúvidas, conheci novas pessoas, criei novos planos, senti-me independente, fiz coisas inesperadas e, acima de tudo, cresci. Durante toda a minha vida, eu sonhei e fiz planos. De repente, chegou a hora de realizá-los. Talvez nem tudo sempre dê certo, mas descobri que há vários caminhos que nos conduzem a um mesmo final: a felicidade. É hora de agarrar todas as oportunidades, aproveitar cada segundo, não deixar motivos para se arrepender. Ter novos sonhos, sim, motivações que façam levantar todos os dias e querer vivê-los.  Hoje, completo 18 anos e também choro, porque o “envelhecer” é bom e me fez ser aquilo que eu imaginava que seria quando tinha 7 anos. Continuo a mesma, desastrada e empolgada com as coisas mais simples, mas tenho as melhores pessoas do meu lado e sei disso. Tenho consciência das milhares de coisas que me esperam daqui pra frente e estou disposta a abraçá-las e correr atrás de tudo aquilo que me fizer bem. Choro porque percebi que sou feliz.  

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Plano B


Se alguém me perguntasse o que eu fazia praticamente todas as noites – exceto aquelas em que o cansaço me derrubava antes – antes de dormir no ano passado, eu teria a resposta. Eu olhava rapidamente, sem precisar ligar o computador, a página na internet da tão sonhada universidade, as discussões calorosas entre os alunos, os eventos, os projetos incríveis e tantas outras coisas. Eu me imaginava lá dentro, como seria ser aluna da tradicional universidade e fazer parte daquele universo. E então, rezava para poder estar lá. Acordava motivada, estudava loucamente, e, quando batia o desânimo, a vontade de ficar 10 minutos a mais na cantina, os muitos motivos para não estudar, eu pensava no futuro brilhante que tinha pela frente.
Bonito seria se eu pudesse dizer que passei no vestibular lá e que esse sonho tornou-se realidade, mas isso não aconteceu. Eu falhei. Não digo que fracassei, pois esse é um fardo muito grande para qualquer um carregar. Passei em outros vestibulares. Cresci como pessoa, descobri como era grande minha determinação – e também a exigência comigo mesma, buscando sempre ser a melhor. Sou capaz.  Além disso, eu não me arrependo. Eu estudaria tudo novamente, abdicaria dos bons momentos , da família para ter a certeza de que tentei. Minha parte, tudo aquilo que estava ao meu alcance eu fiz, embora não tenha sido suficiente.
É hora de trilhar um caminho alternativo. Buscar ser feliz em outro lugar, de outra maneira, com outras pessoas. Criar novos planos. E acima disso, ter NOVOS SONHOS. Embora eu não tenha conseguido realizar um sonho que por tanto tempo tive, aprendi com ele que é importante visualizar o futuro, planejar e sonhar muito alto. Esse não deu certo, mas quem sabe o próximo dê. Mais vale tentar e falhar do que desistir. Qualquer dia desses, o sucesso bate a minha porta. Minto, eu saio correndo atrás dele, porque é isso que no ano que passou eu aprendi a fazer.
DIREITO UEL 2013.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Depois da curva, aqui.

2012 foi, de longe, o pior ano de minha vida. Incontáveis vezes desanimei, chorei sozinha em minha cama e inúmeros são os textos escondidos sobre lutas e tristezas que eu buscava não demonstrar. Cada dia era um novo desafio, tanto na minha vida como estudante, vestibulanda, quanto pessoalmente. Foram muitas etapas e crises familiares, coisas que eu não tinha a menor idéia que ainda veria – como o choro de meu pai ou amizades com enfermeiras de hospitais - eram episódios freqüentes.  Esqueci de mim, vivi pelos objetivos e problemas ao meu redor, mas isso não é ruim. Ruim seria se 2012 não tivesse o desfecho que teve. Pais de volta em casa, saúde daqueles que amo em perfeito estado (embora permaneçam meias de compressão e fraldas aqui em casa) e conquistas pessoais vindas do esforço não só de estudar, mas de manter o foco de minha mente nisso quando ela buscava – e tinha – vários motivos para fugir. Na última prova que fiz, ao contrário de todas as outras, para me acalmar, o que visualizei não foi o ano futuro, os sonhos que tomaram muitos minutos antes de dormir diariamente, mas tudo o que eu fiz por isso: todos os meus livros resolvidos, as muitas horas que passei sobre eles, as vezes que abdiquei daquilo que gostava e de estar com minha família quando eles mais precisavam para estudar. Assim, veio a recompensa: passei em direito em duas universidades públicas (UEM e UFSC ) – por enquanto -,  além de medicina em uma particular (o que foi unicamente pelo mérito), e posso dizer, senti o gostinho de vitória.
2012 foi um ano que eu deveria apagar da história. Contudo, se assim fizesse, deixaria todo o aprendizado e o crescimento adquirido em todas essas lutas ir-se. Então, a chave é lembrar não do sofrimento, mas sim das vitórias que ele nos trouxe, grandes como minhas aprovações ou a cura, ou menores, como a superação da distância em momentos difíceis. Acima de tudo isso, está o agradecimento a Deus, a que tantas vezes recorri para pedir bênçãos, sorte, melhoras e os bons tempos, que, finalmente, vieram. Descobri Nele a força para enfrentar todas as situações de cabeça erguida, tendo a certeza de que nosso caminho será traçado da melhor maneira possível. É como minha mãezinha diz: “A gente pode projetar, mas Deus é quem assina embaixo.” O ano que passou me provou que ela estava certa – como sempre.
Mesmo que sejam meras convenções os anos, acredito que 2013 será melhor. Afinal, ele já começou provando isso. Que venha a universidade, a vida fora de casa, a manutenção da união familiar, a superação de obstáculos e a felicidade!!!


ps: http://www.youtube.com/watch?v=bDmnfVo1JNA

sábado, 1 de dezembro de 2012

Textos aleatórios 2012

Textos aleatórios escritos no Ipod, quando o momento pedia ou quando ele era o único meio de desabafo.
Registros de 2011 e 2012, com muitos erros de grafia devido aos problemas de digitar no aparelho.


Eu só queria acordar no futuro,  na parte do felizes para sempre. Eu queria me exigir menos e me amar mais. Eu queria descobrir o que me aguarda lá e ali na frente e qual a decisão certa a tomar. Eu queria ser menos determinada pra sofrer menos. Eu queria que o esforço fosse suficiente para realizar.  Eu queria tanta coisa que nem sequer posso dizer que quero, pois já não sei se é possível.
Escrita em 25/11/2012 - 1ª fase da Fuvest

Após tempos de esforços e dedicação, aulas intermináveis, resolução de milhares de exercícios, desesperos com aquelas matérias que nos pareciam impossíveis, árduas leituras de obras clássicas, horas de sono atrasadas e muito café para supri-las, cá estamos nós, diante de nosso futuro. Futuro que ao longo do ano se fez presente em nossos pensamentos antes de adormecer, em nossos sonhos e motivações. Futuro que nos fez abdicar das coisas mais simples, dos bons momentos com a família e amigos para estudar. Futuro que decidiremos amanhã e nos fins de semanas que se seguem. Para todas as provas, levo a certeza de que fiz o possível e o pedido para que Deus me ilumine.  E que comece a maratona de vestibulares e, com sorte, de aprovações! 
Escrita em 30/10/2012


Sou a expressao maxima da racionalidade humana. Nao choro por qualquer motivo, nao falo sem pensar. Vivo na ditadura de minha mente - e a censura imposta nunca foi tao grande. Nao ajo impulsivamente e o impeto no meu vocabulario eh sinonimo de arrependimento e martirio. Sofro absurdamente por meus erros, pela incapacidade humana da perfeicao. Penso demais, falo de menos, condeno-me. Focada em meus organizados pensamentos, esqueco de organizar minha vida, esqueco ate de sua existencia. Vivo por planos e odeio correr riscos. Sou monotonamente previsivel e nada divertida. Esqueco de rir por motivos bobos as vezes, devia faze-lo mais. Claramente, sou extremamente autocrítica e punitiva. Conheco-me como a palma da mao. Sou mais plana que as personagens romanticas. Sou  menina tentando ser mais humana do que maquina. Vem ca, chora no meu ombro e me ensina a sentir, a gritar e ter coragem para desabafar. Ensina-me a confiar. Ensina-me a ser mais animal - na mais irracional das maneiras.
Escrita em 17/09/2012

De repente, o passado parece tao inocente. Eu acreditava que tinha toda minha vida planejada,  que cada um era senhor de si mesmo. Eu tinha problemas tao tolos e que pareciam gigantes. Eu chorava com mais frequencia, mesmo quando me faltavam motivos. Eu era uma boba feliz por nao prever o futuro. Hoje, restam-nos as lutas e as lembrancas dos - remotos - tempos de paz. E tudo parece tao distante! Mas com aisso, eu ainda sorrio muito - talvez umais do que antes. Passo dias explodindo por dentro, mas como disse Drummond, 80% alma de ferro. Sofro por sofrer, sofro pela dificuldade de admiti-lo.  Rio porque riem os outros, que choram porque sua blusa favorita estragou. Rio porque dizem que cura a dor. Rio porque nao ha nada que eu possa fazer. E como doi! Rio porque o tempo me sacaneia, tao lerdo como nunca. As vezes, desejo gritar, tao alto que meus proprios problemas fugirao! Qualquer dia eu faco isso, extravaso- e que utopia. Ontem mesmo, o futuro era logo amanha. Hoje, ele parece tao distante quanto eu de mim mesma - e isso e grande! Quem sabe amanha eu acorde e esteja tudo bem. Quem sabe esse amanha demore a chegar. Quem sabe algum dia eu pare de derramar aos prantos as inquietudes de meu secreto e apertado coracao. Ja nao tenho certeza de nada nessa vida e de que adianta ter? Nos nao temos poder algum. Deus sabe o que faz. Eh impossivel nao acreditar que tudo nessa vida tem um propósito, so somos muito pequenos para entende-lo. Esse deve ser consolo. A gente precisa de um refugio. A gente precisa de fe - em Deus, em nos mesmos e na vida.
Escrito em 01/09/2012

Ela senta em um canto, pensa em ajoelhar, mas nao ha forca, entao, reza. Agradece os bons dias - e quantos o foram! E dificil manter-se firme nos mals - inexplicaveis - tempos. Sao os pesadelos que a perseguem, as noites mal dormidas e a incerteza da forma do amanha. E as lagrimas  - elas que jamais foram tao frequentes. Sempre soube que seu maior medo nao dizia respeito a si propria, a bichos ou palhacos, mas ao amor, ao seu bem de inestimavel valor, a sua familia.  Quando era mais nova, ela pensava saber o que era angustia, mas fora um erro bobo de criança. Angustia e precisar - e ter motivos - para chorar e nao poder. Eh o esforco para retirar-se da posicao de vitima, e o coracao sem consolo. Nao se atreve a chamar de tristeza, na verdade, teme-a imensamente, velha (des)conhecida. E no travesseiro molhado, ela volta-se para o ceus, atreve-se a cantar a musica que tantas vezes a consolou e decide canta-la por aqueles que ama. E acima de tudo, sabe que deve confiar na protetora, Nossa Mae, e em Deus, pois ele trilha os caminhos segundou sua vontade, que deve ser a correta, a compreendamos ou nao. Ela senta em um canto, pensa em ajoelhar, encontra forcas e o faz. Em seguida, enxuga os olhos e levanta-se rumo a mais uma semana - com fe e agradecimentos.
Escrito em 11/06/2012


É nos tempos dificeis que se deve olhar para frente.  Nao devemos permitir que a nostalgia de um passado mais do  que feliz se oponha ao vazio - assim mais profundo - de um futuro incerto. Eh com toda a forca que devemos ser otimistas, esquecer de numeros e mas possibilidades. Eh com uniao que devemos enfrentar os obstaculos juntos, servindo um de apoio ao outro, impedindo a queda de de qualquer um de nos.  Acima de tudo, eh blnos tempos dificeis que se deve olhar para cima. Rezar - como tantas vezes fizemos para agradecer ao longo da vida - e ter fe, acreditar com toda a mente e coracao. Afinal, Deus sabe o que faz.
Escrito em 10/06/2012


Chega  o Natal, de repente, sem tempo para nostalgia ou canções de fim de ano. Apressado, foi-se também o agitado verao, planos realizaram-se, ficam as boas lembranças e nosso desejo de voltar, de reviver e cravar em nossa mente cada detalhe.  E eu, que ando com o futuro  decidido, flagro-me agradecendo pelo passado, o qual ainda vive em mim, os dias de um ano de risos, novas amizades e metas.  Em 2011, descobri a capacidade de mudar, o poder da comunicação, jdo falar, dos desejos e sonhos,  caminho para ser feliz, comigo e com todos aqueles que me cercam. Nem todos foram bons dias, mas felizmente, nenhum teve motivo para ser ruim. Seria impossível contar quantas pessoas conheci, aqueles em que o contato limitou-se a um sorriso, os que pareciam se amigos de longa data e aqueles que, de fato, espero que o sejam. Não substituirão, mas poderão curar o espaço daqueles que pelas alterações do tempo, de bons amigos tornaram-se conhecidos cujo telefone não temos coragem de discar. Foi um bom ano, graças a Deus (e se aqui uso tal expressão não pretendo banaliza-lá como e comum, e sim, sinceramente, busco agradecer). Nunca fui boa em despedidas, com lagrimas nos olhos e carência de palavras. Mas, ao contrario, sempre fui capaz de enfrentar situações difíceis. Sendo assim, creio que estou pronta para um novo ano, novos hábitos e desafios mais árduos. Feliz ano novo para mim, para voce, para nos, para todos! Ps:  ferias, por favor, atendam meu apelo e se tornem eternas! 
Escrito em 25/12/2011

sábado, 20 de outubro de 2012

Por motivos e objetivos

Hoje eu chorei as mágoas de uma manhã de sol, de uma noite de risos, de uma roda de amigos que eu deixei de ter. Hoje, eu chorei as mágoas de um ano perdido, oh não, de um ano tão cheio de motivos. Hoje, eu fui feliz, e, de repente, me esqueci de como se fazia. Voltei a velha essência, à angustia,  às dores de mente (e que cacofonia oportunista!) e de coração. Aquela tristeza sem razão, sem forma definida, sem inspiração. Aquele estado poético e, que de tão melancólico, parece até belo. Resta-me escrever uma poesia, tossir agudamente (ou seria dormir profundamente?) e encarar o mal do século (ou seria do ano? Perdi as contas, este último me parece eterno): o vestibular, a vida por motivos e objetivos. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Inspirado por Sociedade dos Poetas Mortos.



Digo-lhe, como disse-lhe Jesus, que todos morreremos. Não há opção. Contudo, podemos sim escolher porque morremos. Morremos por câncer, acidentes de carro e até falência múltipla dos órgãos (genial, nunca imaginaria tal causa!). Mas acima disso, morremos porque vivemos. Morremos pelo simples fato de que cumprimos nossa missão em um mundo que estava necessitado dela. Entretanto, venho perguntar-lhe: cumprimos nossa missão diante de nós mesmos? Embora pareçam semelhantes, o mundo e nós mesmos somos completamente distintos. Não somos meros reflexos da sociedade em que vivemos, como dizem os deterministas. Temos sonhos que despertam em nosso oculto interior, que desafiam ao mundo e a nós mesmos. Cabe somente a nós decidirmos se os seguimos ou não. Cabe a nós, a decisão de viver pelo mundo ou por nós mesmos - talvez seja possível viver pelos dois, não sei. É necessário coragem para espalhar suas convicções, desafiar as linhas padronizadas de vivência e de sucesso. É necessário coragem para viver por si mesmo. Não trato de egoísmo, mas de egocentrismo.
 Carpe Diem. Seize the Day. Assim, em maiúscula, como ordenou que fosse o corretor de meu computador. Em maiúscula, pois afirma-se o presente e sua importância, não somente para um futuro glorioso, mas para a missão de nós mesmos. Para que sejamos satisfeitos enquanto há tempo. Não nego o amanhã. Pelo contrário, afirmo-o. Contudo, tenho a certeza de que ele é produto do hoje, assim como as geadas no inverno trazem fome no verão. Nessa linha de pensamento, por mais adverso que seja o tempo, o mundo, existem as estufas, onde não penetra chuva, gelo ou geada, onde a plantação cresce independente do que ocorre lá fora. Seguir a nós mesmos é viver em uma estufa. É ter a certeza da abundância do amanhã e a sensação de missão cumprida.
Trato tanto de morte, pois de vida tratam todos que não compreendem que esta é o preparo para aquela, na qual estão as análises e atestados sobre o que fizemos, na qual vivem nossos rancores e arrependimentos e, com sorte, nossas conquistas e alegrias.  Antes mesmo, afirmava que há uma opção de pelo que morremos. Fazemo-na quando escolhemos entre ficar calados em discussões que decidem o futuro, quando tememos gritar quem somos. Morremos porque alcançamos a felicidade, porque falhamos nessa busca ou porque desistimos dela. Não morramos pelo mundo e pelas imposições dele, pelo fracasso que corrompeu nosso ego e nossos sonhos. Morramos por nós mesmos, por ter arriscado ouvir nosso coração. Parece-me que a linha tênue entre vida e morte e morte foi extinta. Quem sabe, ela nunca tenha existido.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Folha do diário - 11/12 de abril

O tempo anda escasso, é verdade. Os dias são curtos e ocupados. Já não há as folgas e oportunidades para cultivar a preguiça. Chega a ser um atrevimento fazer o que faço nesse instante, roubo momentos do meu sono pelo bem de minha mente. Completo 17 anos amanhã. E nunca pareceu tão estranho fazer aniversário como desta vez. Eu sempre espero a nostalgia, o peso mental de um ano a mais. Mas faz dias que pego-me respondendo que já tenho a idade que completo. Não tive tempo para refletir sobre anos, sobre a brevidade da vida, para contentar-me, para planejar comemorações (mas ganhei uma surpresa, oh!). E estranhamente, o que eu espero desse aniversário são abraços. Não sou do tipo de pessoa que adora contato – fria, quem sabe – mas sei que faz bem, calor humano, afeto ou como chamem. Talvez essa seja a melhor parte de completar anos, de repente, parece que todos se importam – e eu que não o faço em aniversários alheios. Quero comemorar! Afinal, faltam 365 dias para os 18, para a carteira de motorista, alguns dias a menos para a sonhada universidade. Por mais que o ano seja árduo, por assim dizer, enfrentando obstáculos antes desconhecidos, que amedrontaram, amedrontarão e que passaram e passarão, haverá recompensas no final – e meu otimismo sempre presente! Pode soar como um egoísmo tamanho, pois todos pedem, mas ninguém conta, e eu que sempre fui muito sincera o farei : que Deus sempre me abençoe, que me permita ser feliz. E acima disso, que Deus abençoe aqueles que amo, pois essa é a condição para que o segundo pedido anteriormente feito se realize. O relógio marca 00:01. É tarde e já posso calcular os minutos que terei para dormir, o que já deveria estar fazendo. Opa, quase esqueci: é oficialmente meu aniversário. Parabéns para mim, boa noite!

(e eu não tenho um diário, aceito de presente, brincadeirinha haha)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Instruções

Sente ao meu lado e escute minha história. Palavra por palavra, lágrima por lágrima, sorriso por sorriso. Ouça-me contar das bobeiras da minha cabeça de criança, dos desastres corriqueiros, dos embaraçosos fins de semana, da vergonha que finjo ter, das tentativas frustradas de mudar. Pergunte sobre minhas aspirações, meus planos para um futuro incerto: da faculdade, dos poucos amores, das viagens a Praga e a Dubai, da família, do nome que darei aos meus filhos, da felicidade que buscarei. Concorde quando tiver vontade, se oponha as minhas idéias e assista-me discutir por horas tentando provar que estou correta, são meus pensamentos tão insólitos. Entenda quando minhas respostas não forem capazes de deixar meus pensamentos, não são segredos, mas memórias minhas, e só minhas, perdoe meu egoísmo. Deixe-me só se não puder compreender-me, tentarei com todas as minhas forças não guardar as mágoas, mas com o gênio tolo que tenho, sei que falharei. Ignore minhas irracionalidades e imperfeições. Permita-me ser aquilo que sempre quis, que sempre fui e nunca soube.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Com bastante cafeína, por favor.

Eu tomo café agora. Com leite e bastante açúcar. Cada coisa há seu tempo, aos poucos a gente consegue. Lembro-me do quão amargo costumava ser, das crenças de jamais bebê-lo,era coisa de adulto.Eu queria mesmo era leite com Nescau. Talvez tenhamos crescido. Mudado. Fazendo escolhas diferentes. Conhecendo novos mundos e perspectivas. Tendo responsabilidades e quem nos cobre, nossa consciência provocando. Vestibular, línguas, sonhos, viagens, preocupações, problemas alheios para escutar, desvios, desilusões. Eu sempre fui nostálgica. Vivendo o passado. E de repente, acordei, caí em meus tempos, tentando fazê-los melhores. As pessoas não ajudarão, fazendo suas próprias vidas, acreditando que tudo acaba amanhã. Eu não creio em fim do mundo. Encho minha mente com tudo aquilo que se encontra em minha frente para não parar. Aulas, filmes, histórias alheias. E percebi que ainda tenho um mundo para descobrir. Lugares a conhecer, livros a ler, pessoas para conversar, histórias a ouvir, sorrisos a despertar, amores a criar. Presente e futuro. Tanto, tão pouco tempo. Preciso de uma xícara de café para manter-me acordada, sem perder o fôlego, preto, por favor. Será duro, eu sei, mas hei de me acostumar, café amargo como o mundo real, com o benefício de não me deixar perder um instante. Mas que mal fará um leite com Nescau de vez em quando? Para lembrar-me, sentir o gostinho de infância e me fazer dormir em paz e sonhar com os anjinhos. Boa noite.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

e se a gente decidisse mudar?

Ninguém te contou, contou? Sobre a inspiração de ontem à noite? Aquela contida que não te falei e minha mente arquivou? ok,ok.
Sei que você não está implorando para saber e não aprecia meus devaneios solitários, mas sou como sou, entenda-me: não posso carregar arrependimentos por ter escondido.
Que tal um sorvete sexta-feira? Duas bolas de creme para mim e a tradicional de pistache para compartilhar. Podemos jogar fanta uva dentro do pote e realizar nosso sonho de criança, para ser diferente. E aquele assunto.
A gente podia brincar de telefone sem fio: eu sussurro e se você não gostar, finge que não entende. Somos crescidos demais para isso.
Sabe como sou: envergonhada, fechada e orgulhosa, odeio o silêncio de fim de papo. E todo meu esforço por uma conversa descontraída, sem preocupar-me com formalidades.
Você já leu Meg Cabot? Quando tinha 12 anos, quem sabe? Macho demais para essas baboseiras, eu sei. Não gosto mais de seus livros, a temática da mocinha cujo nome é escrito com dois eles que é apaixonada pelo popular e termina com o cara estranho ou o melhor amigo (seu verdadeiro amor!) me cansou. Não leia, tente Nicholas Sparks se um drama for bem vindo, mas não espere nada fenomenal.
Desculpe, desviei-me do tópico, uma coisa lembra outra. Aquele assunto? Aposto que não consegui despertar a curiosidade, esperaria tranquilamente. Mas minha mente implora para que te conte.
Outra noite, eu tive um sonho. Não existia eu ou você, era só euevocê, assim, tudo junto. Estranho. Esquisito. Engraçado. Podemos rir juntos e encontrar outros adjetivos que começem com e. Dizem que os sonhos são o subconsciente em ação.
Enfim, conversamos sexta na sorveteria. Ah, talvez esteja na hora de escolher um novo sabor de sorvete para compartilhar.


(Tão cru quanto poderia ser, uma tentativa de mudar de estilo. - C. )

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Devaneios de um mês inteiro por parágrafos.

Ando, como todos: desapontada e desapontando. A dúvida do qual me faz mais mal já não permeia meus pensamentos, desapontando; e como me entristece!

Queria imergir-me nesse universo paralelo, só, fora de mim mesma, mente e defeitos. Sem meus erros, com os quais não aprendo tanto quanto sofro.

Senhor! (Ah, como gostaria de utilizar essa interjeição fora de meus pensamentos; é tão leve, como tudo deveria ser) Sou perfeccionista demais, certa demais, neurótica demais, (não digo metódica demais pela minha tamanha desorganização, mas meus pensamentos são catalogados e guardados onde não se pode encontrar – a fuga de alguns me molesta imensamente). Tão politicamente correta! Uma imagem e tanto! – e meus secretos devaneios.

Estou a ver estrelas, estou a ser estrela. Tão longe, tão perto. Todo brilho ofuscado pelas luzes da cidade. Só se pode ver estrelas no campo, onde não há gente para escondê-las, tampouco, infelizmente, para admirá-las.

Tão dúbia assim como sou. Feliz, infeliz. Passa tempo, não passa tempo. Sorrisos e prantos. Tão confiante, tão insegura.

Cada parágrafo, uma idéia. Cada idéia, um sentimento. Cada sentimento, a incompreensão. Toda incompreensão, angústia. Alguma angústia, algum texto. Todo, cada, algum texto...nada, não leva a lugar nenhum. A gente somos inútil. “Tudo o que sei é que nada sei”, sábio mesmo foi Sócrates.